quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PARABÈNS RINGO


Acabei de saber que o ator Giuliano Gemma fez 73 anos na semana passada.

CONVITE A UM PISTOLEIRO

Elenco: Yul Brynner, Janice Rule, George Segal, Alfred Hayes, Clifford David, Mike Kellin, Brad Dexter. Direção de Richard Wilson. Ano: 1964
Nos anos 60 com a ascenção do Spaghetti Western na Italia, diretores como John Ford começaram a dar vozes aos índios, e atores como Chuck Connors e Burt Lancaster interpretariam Gêronimo e Massai, enquanto isso o gênero estava sendo reescrito na Italia, Yul Brynner se tornou ícone do Western ao estrear Sete Homens e Um Destino (1960) com isso se tornou habitual dretores colocarem uma roupa preta no astro e interpretar pistoleiros rapidos no gatilho, neste meio tempo surge Convite a Um Pistoleiro, um faroeste psicológico, que até acerta a mão, mas que também poderia ser um ótimo Western de suspense.

A guerra civil acaba de terminar e Matt Waver (George Segal) volta para a sua fazenda, mas descobre que esta foi confiscada pela união, furioso, Matt vai a casa de Sam Brewstwer (Pat Hingle) reclamar sua posse, mas leva um tiro de Crane (Clifford Davis) um desafeto por estar casado com a amada de Matt, Ruth Adams (Janice Rule) preso, Matt não desiste, mata o homem que estava na sua fazenda e toma a ela para si, Craine contrata um pistoleiro conhecido como "dançarino" só que antes chega Jules (Brynner) um misterioso pistoleiro que manda o outro ir embora e assume o serviço, Jules também se apaixona por Ruth e vive com ela e o marido no empório-casa dos dois armando uma tocaia para Matt, eis que Jules começa a conhecer os habitantes do local e com o tempo passa a odiar a cidade, mas Jules é do tipo que não abandona o serviço...

Um ótimo filme, mas que também poderia partir por um outro caminho, ficaria bom se também fosse um Western de suspense onde todos poderiam ficar na exspectativa de Matt aparecer na cidade e duelar com Jules, mas o filme também segue-se como um ótimo faroeste mostrando a hipocrisia diante dos Estados Unidos pós-guerra usando como ponto de partida um pistoleiro, e como mostrado em alguns filmes, é um sujeito condenado por viver sendo pago para matar, mas que as pessoas que o julgam também cometem defeitos, mas achei que o roteiro deveria cortar boa parte dos dialógos complexos ditos pelo personagem de Brynner e usar uma linguagem mais simples, a relação entre Jules e Ruth me lembra a relação entre Shane e Marriet Starret (considerando que os 2 são filmes baseados em livros) o elenco é bem bacana, Yul Brynner está muito bem como pistoleiro rapido no gatilho e misterioso, Janice Rule enfeita o filme com sua beleza, George Segal está muito bem como Matt, embora eu ache que o personagem devesse ter um grau de participação maior na trama, Pat Hingle está muito bem como vilão, Richard Wilson faz um bom trabalho na direção, se tivesse criatividade de mais e pretensão de menos, Convite ao Um Pistoleiro poderia ser bem melhor, mas o resultado não deixa de ser ruim, disponível em DVD pela MGM, e quem tem TV por assinatura fique ligado no Telecine Cult, pode ser que façam uma reprise.