sábado, 18 de novembro de 2017

PERFIL: SERGIO CORBUCCI




Antes de começar esse texto, explico que realmente me deu uma preguiça danada de escrever, então decidi parar por um tempo, bem não sei se vou voltar de vez, mas, como ultimamente a vontade de escrever sobre cinema voltou, decidi dar prosseguimento a este novo seguimento de escrever outros aspectos ou valorizar ainda mais elementos-chaves do gênero, como a trilha-sonora por exemplo que fazia rápidos comentários e que não teria uma espaço desejado por mim no formato de resenha, e aviso desde já que o texto a seguir contem SPOILERS de muitas produções do homenageado em questão, por serem necessárias para a analise, toquemos o barco.


Sergio Corbucci, nascido em 6 de Dezembro de 1927, em Roma, iniciou sua carreira primeiro como crítico de cinema e depois assistente de direção que rezando a lenda, trabalhou com um dos grandes nomes do Neo-realismo Italiano Roberto Rossellini,  informação nunca confirmada, já pulando pra fase dos Westerns, Corbucci dirigiu Massacro al Grand Canyon sob o pseudônimo de Stanley Corbett em 1964 estrelado por James Mitchum, que é praticamente um clone do seu pai Robert, infelizmente não tive acesso a nenhuma cópia desse filme para saber se os aspectos de suas narrativas já estavam presentes ali, já no mesmo ano ele iria dirigir  o seu segundo Western Minessota Clay, consta que foi nessa produção que teria nascido a rivalidade entre os 2 Sergios, o filme Yojimbo: O Guarda-Costas estava estreando na Italia e que os amigos assistiriam o filme para cada uma fazer a sua própria versão, consta que foram ao mesmo cinema, na mesma semana, mas em dias diferentes,  Leone conseguiu reinventar o gênero em Por Um Punhado de Dólares, mas tomou um processo nas costas de Akira Kurosawa e a Toho, tendo que pagar cem mil dólares no processo e direito a 15% do a produção Leoniana que ganhasse nas bilheterias, Corbucci só pegou a estrutura narrativa, na qual ele re-aproveitou em Django (pretendo fazer um especial, se a preguiça deixar, comparando as duas produções)



                                                O SPOILER JÁ COMEÇA AQUI

É inevitável que a produção com Cameron Mitchell tenha bebido da fonte dos westerns americanos pelo menos um pouquinho, seja em alguma inspiração de Corbucci ou demanda de mercado, que os produtores tinham como referência lucrativa, mas é nessa produção que Corbucci começava a engatinhar por um aspecto sombrio e que começava a sua fase de heróis flagelados, os chamo assim porque os heróis cheios de defeitos de Corbucci se sacrificam até as últimas consequências, como o próprio Minnesota Clay que acaba cego no decorrer do filme devido a um ferimento do passado, e ao invés de ser com o sol de meio-dia escaldante, o confronto final ganha aspectos noturnos e com o mocinho tendo que enfrentar os pistoleiros apenas usando o sentido auditivo,  originalmente após matar seu algoz Fox (Georgie Riviere) Minnesota Clay morreria, só que Corbucci com certeza foi obrigado a rodar um final em que terminaria tudo bem, para a exibição em alguns países, já em Django,  Corbucci conseguiu ultrapassar um pouco o seu amigo, já que o personagem é um verdadeiro símbolo da vertente italiana, tendo popularizado o tema da vingança no gênero, Django também tem a sua missão vingativa, mas aqui ele não tem a suas mãos quebradas por causa dela, e sim devido a sua ganância, quando ele diz a sua nova amada Maria (Loredana Nusciak) " com este ouro, posso esquecer que fui Django " o espectador pode deduzir que Django se desviaria do seu destino e fugiria com o produto roubado pelos mexicanos.



Já em Navajo Joe e O Especialista, os personagens centrais não sofrem maiores sequelas a não ser o ferimento a bala, mas o interessante é que podemos dizer que a revisão do papel do índio no cinema chegou no bang bang italiano e Corbucci não poderia escolher melhor o Georgiano Burt Reynolds para o papel, que realmente, sem o seu tradicional bigode, parece um nativo americano, reza a lenda que o ator renega este trabalho, já que pensou que iria trabalhar com Leone, outro ponto positivo do personagem, é que ele é o único com coragem e habilidade para enfrentar os vilões e até demonstra um inteligência maior ao pedir pra ser xerife ao atual eleito da cidade, diante da tentativa de recusa do atual homem da lei, o protagonista pergunta: " seu pai era americano" e este responde: "não, era Irlandes" e o mocinho responde: " meus pais são nativos, então sou mais americano que você " e toma a estrela, simplesmente genial.
























Já Hud, O especialista, talvez o que faltasse ao protagonista é um ator melhor ou a falta de um certo carisma do cantor francês Johnny Hallyday, mas o personagem realmente faz jus ao titulo, mas ele também se mostra um pouco mais interessante do que só uma alto-plágio de Django vestido de preto, ele é obrigado a virar detetive quando seu irmão Charlie foi linchado e morto pelo roubo a banco da cidade de Blackstone e atrapalhado pelo xerife, que quer saber como o dinheiro do roubo sumiu e que terá um fim inesperado como veremos mais pra frente na analise.
                                       
                                  CUIDADO QUE AGORA VEM SPOILER MASTER 

Já Silenzio, já é flagelado desde criança, quando caçadores de recompensa cortam suas cordas vocais, para ele não denuncia-los pelo assassinato de seus pais, eis que ele é um pistoleiro contratado para matar Loco (Kinski) e ao se envolver com sua contratante emocionalmente, acaba morto pelo vilão, confesso que fiquei chocado e com raiva quando isso aconteceu e logo classifiquei-o como um filme ruim, mas, embora não goste do final (achei injusto Loco não ter sido punido junto com seus capangas após aprontar muitas maldades) mas depois entendi porque o personagem morreu, há quem diga que no começo do filme, ele era frio e implacável e que ao se apaixonar, ficou vulnerável aos seus adversários, só que, embora tenha sido lançado antes de O Especialista, pra mim ficou evidente que Corbucci estaria encerrando este ciclo e queria simbolicamente mata-lo, outra coisa interessante no personagem é o fato de provocar seus alvos, para que estes puxem os revolveres, loucos de raiva e se aproveitando da vantagem de ser mais rápido, despacha-os, assim além do nervosismo deles, o matador não tem problemas com a lei. 

                                     FIM DO SPOILER MASTER, MAS NÃO ACABOU. 

Outra coisa recorrente nas suas produções são os temas sociais, Marxista, Corbucci inseriu seus ideais, não só em películas sobre a revolução mexicana, mas até mesmo em filmes como o próprio Django, aonde o protagonista diz que, as vezes é preciso eliminar os fanáticos, no caso o Major Jackson e seus asseclas que são renegados confederados, que lembram a Klu Klux Klan, Os Nazistas e os extremistas brancos liderados pelo atual presidente Donald Trump, outra coisa que fica evidente na produção, socialmente falando, é a cena da metralhadora, não só de imaginar o impacto de um caubói empunhando uma metralhadora, algo raramente visto no gênero, mas pelo simbolismo dela, parece que os tiros, estavam enterrando àquele velho-oeste de colts e winchesters aliado ao lamaçal da cidade cenográfica, em Navajo Joe fica evidente o massacre de nativos americanos, mas aqui o diretor surpreende ao colocar como vilão UM MESTIÇO,  já em Gli Specialisti, o tema é a ganância que aparece de leve para desviar caminhos, aqui é alçada ao papel da grande papel de causadora de males, quando o dinheiro finalmente aparece, nas mãos dos protagonista, ele é queimado, mostrando dois aspectos: a escravidão por meio capitalista, comparando com o momento em que Django mergulha na lama, e quase acaba sendo engolido por ela junto com o caixão cheio de ouro, ali fica evidente que o protagonista ficou tão obcecado a ponto de não raciocinar que poderia morrer e é o que quase acontece. 
Aqui mostra que os cidadãos daquela cidade encantadora e convidativa graças ao clima de outono, escondia segredos bem mais obscuros do que somente a justiça ou uma vingança social, devido ao fato do suposto culpado ter roubado o dinheiro deles, a reação da multidão olhando chorosamente o dinheiro em chamas ou alguns tentando apagar as notas de dólares, além de ser uma aula de grande cinema, mostra isso, além do fato do clichê " cidade acovardada " cair por terra, já que o motivo de todo o mundo se cagar nas calça é outro e que duplamente é causada pelo temor da chegada do herói. 
Já em O Vingador Silencioso, Corbucci leva o tema do capitalismo ao uma coisa um pouco mais sórdida,transformando caçadores de recompensa, que a principio são representados de forma mais aventureira, aqui são representados como uma especie de grupo de extermínio, que matam sem dó nem piedade  renegados sulistas, que roubam somente para comer, aqui Corbucci mostra a desigualdade do rico para com o pobre e com o braço da lei, os caçadores tem a missão de fazer uma limpeza social naquela região, isso fica bem evidente no final do filme, quando após o massacre final, Loco diz: " seremos pagos, tudo conforme a lei " . 
Pouco antes de encerrar o ciclo oficialmente, Corbucci iria se aventurar pelo Tortilla-Western e pelo  cômico, começando com Os Violentos Vão para o Inferno, e continuando com Companheiros entre 1968 e 1970, assim Corbucci assumia mais o seu ideal esquerdista-socialista e as películas ganhariam mais humor, saiam heróis trágicos e entrariam idealistas romântico e o interesseiros estrangeiros, tanto Paco Roman e El Vasco, parecem e agem em alguns momentos como se fossem crianças, mas não tão inocentes como o Tuco por exemplo, mas como crianças revoltadas pela pobreza que os cerca e da opressão da Ditadura Mexicana.


Já Franco Nero, nos dois filmes, é o estrangeiro que se assemelha um pouco com os vilões americanos, que a principio só quer tirar proveito da situação, mas acabam comprando a briga e os ideais, Serguei Kolvasky, O Polaco, chega até mesmo a obrigar, por razões contratuais, a todos os homens de Paco derramarem água do seus cantis numa banheira para tomar banho, EM PLENO DESERTO, mas acaba desenvolvendo uma amizade com Paco, já em Companheiros, a coisa é bem mais profunda, El Vasco tem ainda mais de inocência que Paco, já que segue um revolucionário de araque e que falaremos mais adiante, mas que na relação com o Professor Xantos (Fernando Rey) o personagem amadurece um pouco mais, já que o professor mostra que não é somente os revolveres que resolvem, porem o Serginho estabelece que a luta armada, embora o intelecto seja importante, é o único jeito de combater os opressores capitalistas (pelo menos segundo as ideias do realizador) não tem como se encantar pelo malandro, cínico e carismático Yodlaf Peterson, O Sueco, se no filme anterior era mercenário, aqui Nero faz um contrabandista de armas e que vive, de forma sutil, um conflito entre ganhar dinheiro e se entregar a luta dos mexicanos, o filme ainda rende momentos engraçados, quando Vasco queima um pombo na tentativa de assa-lo ou quando resgata o Sueco de ser enforcado, quando este está sendo sustentado por um barril prestes a rolar.

OLHA O SPOILER DE NOVO


O Final das duas produções é antológica, com o famoso duelo final de Il Mercenário, com a música L'Arena, composta por Ennio Morricone, rende um momento belíssimo, e Corbucci, além de homenagear seu amigo Leone, aqui faz um duelo de rifles e com o Polaco como arbitro, claro que poderia terminar ai, mas o ambicioso mercenário cobra a recompensa pela cabeça de Paco, que depois fogem do forte mexicano e tem seus caminhos separados, na produção seguinte, o resgate do Professor Xantos, em um forte no USA, é porque ele sabe o segredo do cofre de São Bernardino, pois quando o professor revela o segredo ao Polaco, este vai doido para abrir o cofre e lá encontra apenas trigo e terra, eis que o professor diz: " esta é a verdadeira riqueza da nossa terra " outro momento mágico é quando o mesmo Polaco, vendo soldados se aproximando da cidade, grita: " VAMOS A MATAR COMPAÑEROS " lindo !!!

Interessante que os Vilões não são diretamente os militares e sim o revolucionário de araque ou um estrangeiro rival ao protagonista (falaremos mais adiante) 

 SPOILER ACABOU 


Já os Vilões do filme, assim como os heróis, tem a sua personalidade própria, o Fox de Minnesora Clay, era amigo do protagonista, ma acabou traindo-o devido ao amor pela mesma mulher, já em Django o Major Jackson é um extremista religioso que por ser caucasiano, se sente superior aos mexicanos, lembrando bastante Adolf Hitler, repare como àquela fazenda, em que o crápula faz tiro ao alvo com pobres camponeses, lembra bem de leve um campo de concentração, sua seita também lembra os inquisidores, quando quase queimam Maria na fogueira, prática comum em que esse tipo de sacerdote queimava bruxas.

Encontrando vida na pele do espanhol Aldo Sambrell, Duncan é um mestiço que caça escalpos, mas que já é considerado criminosos procurado, pois o Governo Americano proibiu a atividade, mas que ilegalmente é uma muito lucrativa, ao que parece, Duncan renega toda  a sua origem indígena e a forma de se embranquecer é matando nativos. 




Klaus Kinski dá vida a Loco (ou Tigrero na versão italiana) como se fosse uma especie de vampiro, o personagem parece uma verdadeira reencarnação da maldade, que caça implacavelmente na neve suas vítimas, totalmente livre de qualquer remorso, não hesita em matar pessoas desarmadas,somente pensando no lucro da recompensa.



Já na seu primeiro ciclo como na sua dobradinha revolucionaria, Corbucci apresentaria os revolucionários de araque, lá em Django, ficou evidente que o Hugo Rodriguez queria passar a perna no seu "amigo de longa data" já o General Mongo só está na revolução por razões financeiras, enquanto engabela seus homens com discursos idealistas, só que encontra seu final trágico nas mãos dos alunos de Xantos, que abandonaram o pacifismo e aderiram ao armamento, 

Já os personagens de Jack Palance, são mercenários a serviço do Governo Mexicano, só que enquanto Ricciolo é só uma especie de caça-revolucionários, a história de Polaco e John é muito mais rica e tem um motivo especifico: a traição do Polaco, eis que Marshal, o falcão de estimação, comeu a mão de John, que tem a alcunha de " Mão de Madeira " , mostrando que Ydolaf não é um sujeito lá muito confiável.

Outros elementos, como os cemitérios, a violência gráfica, além da fotografia, como a cidade e os últimos habitantes da cidade de Tombstone afundando na lama, representando a sujeira ou o gelo representando a frieza do ser humano, nos da uma sensação um pouco claustrofóbica, além do sol escaldante da Almeria representando o México, são complementos para a obra deste grande diretor.





















É isso ai pessoal, espero que tenham gostado.






domingo, 17 de agosto de 2014

O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO

Elenco: Mauricio Do Valle, Othon Bastos, Odete Lara, Jofre Soares, Lorival Pariz, Jofre Soares. Direção de Glauber Rocha. Ano: 1969.

 (eu falei que iria escrever matérias, mas assistindo esse filme, que foi um verdadeiro desafio, tive que abrir um exceção especial para essa produção, de um cineasta que é tido como importante para a Bahia e para o cinema brasileiro, mas que essa sua película me fez deixar confuso a isso)


Decidindo quebrar todos os conceitos da influência hollywoodiana, que ifluênciavam a a Vera Cruz, um grupo de jovens decidiu fazer um cinema que tivesse sua própria " identidade cultural " e que " mostrasse a realidade do povo " fundando assim o Cinema Novo, graças a isso, por anos no Brasil o críticos enchiam a bola desses cineastas enquanto condenavam à forca, toda e qualquer produção que tivesse o propósito de divertir o público, ouvia maravilhas sobre o cineasta Galuber Rocha nascido no interior daqui da Bahia, em Juazeiro, é elogiado até por Martin Scorcese, mas assistindo O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, passei a questionar a sua genialidade, e vocês verão o porque após a sinopse.

Antonio Das Mortes (Do Valle) achava que Corisco era o último cangaçeiro que havia matado, mas eis que surge Coirana (Pariz) se dizendo a " Reencarnação de Lampião " o homem cumpre a sua missão, mas começa a entrar em uma crise existencial quando começa a questionar-se sobre a sua profissão de Matador de Cangaceiros.

Os atores estão bem na interpretação, embora em alguns pontos pareçam que estão num teatrinho de segundo grau, Glauber é um diretor muito bom e a trilha-sonora é excelente, tudo para ser um filme ótimo de se acompanhar, mas o que há de errado então? pra começar vi tudo ao contrário do que críticos e cinéfilos afirmavam e até condenavam por quem não gostou ou ousou fazer uma analise falando dos defeitos, quase nenhum personagem tem profundidade dramatica, parece somente meras peças para os delírios de Glauber, somente Antonio das Mortes tem a situação bem definida, já que vimos em centenas de Westerns em que o personagem não consegue se adaptar a chegada do progresso no velho-oeste, a mesma coisa acontece aqui: o protagonista é do tempo dos coronéis e dos cangaçeiros e que agora ficava sem utilidade nesse novo tempo em que a arma não é mais a lei no novo sertão, além de ficar perdido no asfalto entre os caminhões e os carros, assim como no fim do século XIX nos faroestes, além da figura do coronel Horácio, interpretado pelo veterano Joffre Soares, que cego, é a figura que representa o patriarquismo e o poder dos latifundiários cegos pelo poder, fora isso, não entendi as motivações de Laura, vivida por Odete Lara e nem de Mattos (Carvana), o personagem de Othon Bastos, que poderia muito bem ser a consciência de Glauber no filme, passa o filme inteiro embriagado e falando frases desconexas, enquanto o cangaçeiro Coirana poderia ser muito bem uma espécie de denúncia das maldades dos coronéis, já que Lampião havia se tornado criminoso depois que seus pais foram assassinados pela polícia a mando deles, outros também que não consegui entender foram os personagens místicos, Barbara a Santa (Rosa Maria Penna) e Antão, O anjo Negro (Mario Gusmão) ou seja: o filme não traz questionamento nenhum sobre a desigualdade social e como tentativa de ser filme filosófico falha miseravelmente, um monte de experimentalismo que a gente não sabe até que ponto é fruto da cabeça dos personagens ou se realmente aquilo está realmente acontecendo, é quando lá pra metade você desiste de entender alguma coisa e só espera pelo tiroteio no fim do filme e quando os créditos começam a rolar é mais fácil você se perguntar: "tá, e dai? " mas tem a questão da desiigualdade no filme e talvez eu não tenha " sensibilidade social " como já falei o filme não  questiona nada, eu passei a maior parte do tempo tentando decifrar mais as loucuras do roteiro do que pensar os problemas que existem até hoje na minha região do país, sem contar que podemos dizer que Glauber é um hipócrita também, já que vivia dizendo que copiar o modelo do " cinema imperialista americano " era errado, mas tanto em Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) quanto este aqui, trás elementos de Western, o gênero mais americano de todos os tempos, e que cinema é esse de " identidade própria " é esse que vive copiando a Nouvelle Vagge e o Neorealismo Italiano? (não vi nenhum filme desses dois movimentos, mas os admiradores dizem que o Cinema Novo tem influência deles) pode ter até realmente algumas coisas aqui e ali, como a Literatura de Cordel e a trilha-sonora baseada nas canções sertanejas, mas fora isso, não vi nada demais cuturalmente falando,   taí um filme em que não tem pé nem cabeça e que dificilmente eu vou ver de novo, prefiro ver o cinema da Vera Cruz, Atlântida e Boca do Lixo, ai sim considero um cinema de identidade cultural que o povão da década de 50 até começo do 80 enchiam as salas pra assistir, e vou raramente ver um filme do Cinema Novo.

P.S: Não duvido nada que venha algum fã do Glauber me xingar todo nos comentários.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ENNIO MORRICONE, BRUNO NICOLAI E... LUIZ GONZAGA?

Ennio Morricone revolucionou e deu a forma defininitiva das trilhas-sonoras de filmes de faroeste e junto com Bruno Nicolai quebrava conceitos até mesmo colocando guitarras nas músicas, vozes aos fundos parecendo uma tribo índigena entre outras coisas, acontece que dupla, acredito eu, tenha ouvido muito Luiz Gonzaga, considerado Rei Do Baião, lançou a música Nordeste Sangrento (que teve sua adaptação para o cinema em 1962, dirigida por Wilson Silva e estrelada por Paulo Goulart) 

 

eis que em em Por Um Punhado de Dólares podemos ver influência do Baião na música Quase Morto, na qual acompanha O Homem Sem Nome quando este entra em São Miguel:

 


mais tarde, na década de 70, Morricone compôs a trilha-sonora de Vamos A Matar Companheiros do Corbucci, e o Tema de Abertura q leva o título do filme, fica mais explícita essa influência:
 

pois é não foram só atores brasileiros que aturam no Spaghetti Western, mas a música também esteve presente nesta maravilhosa vertente do Western Americano

sábado, 3 de novembro de 2012

AVISO DO XERIFE: DE VOLTA DE CARA NOVA

 



Olha eu aqui de novo, vou deixar um pouco as resenhas de filmes, para escrever sobre atores, diretores,  trilhas sonora e sobre as várias faces deste gênero que é o meu preferido.

           ARTHUR ALVES EDITOR
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA EM VÌDEO DO FAROESTE EM GERAL


http://www.youtube.com/watch?v=MV00vrjdblQ

pra início de papo, ai está minha mensagem de 2012 para vocês.