terça-feira, 26 de julho de 2011

APOCALIPSE JOE

Elenco: Anthony Steffen, Mary Paz Pondal, Eduardo Fajardo, Fernando Cerulli, Veronika Korosec, Giulio Baranghini. Direção de Leopoldo Savona. Ano: 1971
Nos anos 7o a fórmula do Spaghetti Western estava desgastada, Enzo Barboni conseguiu reverter isso ralizando Meu Nome é Trinity no começo da década, então os diretores italianos conhecidos por seus Westerns, partiam para dois caminhos: ou faziam Westerns cômicos, ou partiam para inventividade das séries Sartana e Sabata que também faziam sucesso neste período, o diretor Leopoldo Savona foi esperto, repetindo a parceria com Anthony Steffen, na qual havia trabalhado em Killer Kid, juntando o que estava fazendo sucesso, as sátiras e os westerns cheios de gadgets ou armas escondidas de dentro do pão, já li algumas resenhas falando mal do filme, mas diferente delas eu gostei do filme e da criatvidade de Savona em fazer Apocalipse Joe.

Joe Clifford (Steffen) vive de cidade em cidade fazendo shows de atuações interretando peças clássicas de Willian Shaakespare, só que ele é observado por cinco pistoleiros e após terminar o famoso monologo Ser ou Não ser de Hamlet (a voz do ator é encoberta pela trilha-sonora de Bruno Nicolai) atira nos algozes com a pistola de dentro do crânio, no escritório do xerife, a sua tia paga a fiança, e diz que é para o sobrinho ir para a cidade de Landberry reclamar a posse de uma mina de ouro, chegando na cidade ele vai falar com Berg (Fajardo) para reclamar a posse do terreno, mas este diz que seu rio apostou-o num jogo de poquêr, antes de cair bêbado de um penhasco, Joe fica um tempo na cidade de descobre que na verdade é tudo uma armação e que seu tio foi assassinado por Berg e seus capangas, agora Joe usará de seu talento no Colt e nas artes cenicas para se vingar de Berg e tomar a mina de volta.

Ótimo filme, aqui Savona faz um Western diferente, se você, caro leitor, reparar na história, é aquela velha e boa história de disputas de minas no velho oeste, mas Savona consegiu transforma-lo em um Western diferente, a criatividade dos filmes da série Sartana/Sabata e do Trinitá, misturados num único filme, afinal em que Western você já viu um personagem mesre dos disfarces ? Steffen da um show de interpretação na pele do personagem-título, além da cena de abertura e de citar um monologo de Macbech, Steffen se veste de velhinho, de padre e de mulher, na cena do disfarce do padre, 5 capangas de Berg despejam uma pobre senhora, mas chega Joe disfarçado de padre e diz: " tenha calma mulher, eles não podem privar do que é seu " e vira-se para os pistoleiros e diz: " seu grupo será visitado pelo fogo do sol, um grande clarão vai anunciar a chegada de sua fraqueza " e um pergunta " e quando chegam esses fogos " e Joe responde: " agora mesmo " e mata os inimigos rapidamente, já vestido de mulher, Joe pede para que um homem e Berg tome conta de seu carrinho de bebê, quando este abre o carrinho, vê que tem uma dinamite lá dentro, empurra-o e a dinamite explode matando outros pistoleiros, a direção de Savona é precisa , principalmente nas cenas de ação, mas o destaque mesmo fica por conta da excelente trilha-sonora de Bruno Nicolai, pontuando as cenas no momento certo, um ótimo elenco reunido, Eduardo Fajardo aqui inova um pouco, ao invés do vilão ricaço ou engomadinho que fazia em dezenas de westerns, Berg associa-se mais a um bandido do que um dono de mina, mas quem rouba a cena é o ator Fernando Cerulli, na pele de Doc Klan, e os coliríos Mary Paz Pondal e Veronica Korosec enfeitam o filme, disponível em DVD pela Ocean Pictures.

UMA LONGA FILA DE CRUZES

Elenco: Anthony Steffen, Willian Berger, Nicoleta Machiavelli, Riccardo Garrone, Mario Brega. Direção de Sergio Garrone. Ano: 1969.



Com certeza Anthony Steffen cruzou com Garrone em algum momento de sua vida, pois Garrone foi um do roteiristas de Killer Kid, uma pena eles não terem repetido essa parceria mais vezes no Spaghetti Western, durante a segunda fase da carreira do ator, já sobre Garrone, no IMDB consta que foi roteirista de exatos 24 filmes, e dirigiu 13 filmes, 7 Westerns italianos, depois abrirá uma pizzaria em Roma, segundo o livro Anthony Steffen, já o astro em questão entrava na segunda fase de sua carreira, esse é um dos seus melhores filmes, depois Steffen estreará como co-roteirista de Django O Bastardo (resenhado aqui em Janeiro de 2010) embora o astro já desse vária sugestões nos sets dos filmes em que participava.



Johny Brandon ( Steffen) é um caçador de recompensas que está atrás de um bandido chamado Santana, eis que Brandon acaba descobrindo que um poderoso fazendeiro (Riccardo Garrone) está contratrando banndidos para o trabalho de transportar peões mexicanos vendidos como escravos, conversando com o xerife, Johnny descobre que Everett " Biblía " Murdock (Berger) também está interessado em tais bandidos, então os 2 resolvem formar uma parceria e ajudados pelo informante de Brandon ( Mário Brega) os caçadores atravessam a fronteira e iniciam a caçada ...



Como descrevi lá em cima, um ótimo filme e um dos melhores da carreira de Steffen, aqui Garrone fala de um tema ainda bastante atual que é a imigração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos, mas fiquei me perguntando uma coisa, quando li uma resenha no extinto blog Dollari Rosso, como é que as pessoas entravam "ilegalmente " no país, se em pleno século 19 não tinha burocracias como hoje ? fora isso o filme é ótimo e investe no visual próprio dos seus personagens, quem chama atenção é o ator Willian Berger no papel de Murdock, todo vestido de preto, o personagem vive com uma bíblia na mão e tem como arma uma espécie de rifle com vários canos que parece uma metralhadora, e a direção de Garrone reforça isso , numa das melhores cenas do filme, Murdock atira no bandido, eis que quando o dublê sai rolando no chão, a câmera gira do ponto de vista do bandido, em outra sequência genial Murdock salva a vida de Brandon atirando em outro bandido, eis que vemos a cena em terceira pessoa, em que a câmera filma a mão do ator atirando no dublê, além da direção segura, o filme também tem um ótimo elenco, Steffen está ótimo como Brandon, mais uma vez fugindo da imagem de vingador, aqui ele´e só um caçado de recompensas, Berger Rouba a cena como Murdock, seu personagem sempre que aparece tem um clima sobrenatural, o filme também conta com a belissíma Nicolleta Machiaveli, atualmente professora de italiano em Seatle, atriz é uma das musas do Spaghetti Western, já Riccardo Garrone também faz um ótimo papel aqui, só que tem um defeito aqui, o roteiro tenta contar história do vilão em meia flashbacks em preto-e-branco mas não serviu pra muita coisa, trilha sonora da dupla Vasco e Mancuso também é ótima, o filme ainda reserva uma homenagem a Três Homens Em Conflito (1966) com um duelo final a três, enfim um ótimo filme.



Link do filme: aqui







KILLER KID

Elenco: Anthony Steffen, Luisa Baratto, Fernando Sancho, Howard Nelson Rubien, Virginia Darval. Direção de Leopoldo Savona. Ano: 1967.

Em 1966 Gringo de Damiano Damiani, fez um grande sucesso gerando uma vertente dentro da vertente do Spaghetti Western, O Zapata/Tortilla Western, entre eles está Killer Kid, estrelado o por Anthony Steffen, que naquela altura era um astro internacional, e estrelaria mais 2 filmes dessa vertente, Gentleman Joe... Mata e Um Trem Para Durango ( esse último de forma mais satiríca ) essa é sua primeira parceria entre o ator e o diretor Leopoldo Savona, e também um dos roteiristas é Sergio Garrone, que foi reponsável por Django O Bastardo (1969) filme mais famoso de Steffen.

Morrison ( Steffen) é um agente federal que assume a indentidade de um fora-da-lei morto conhecido como Killer Kid, e parte para o México, eis que ele se junta com o bando de El Santo (Howard Nelson Rubien) para explodir carregamentos de armas que o exercito americano está vendendo aos rebeldes, pois se as armas cairem em mãos do exercito mexicano, poderá explodir uma guerra na fronteira dos 2 países em questão, a sobrinha de El Santo Mercedes ( Luiza Baratto a.k.a Liz Barret ) apaixona-se por ele, mas Vilar ( Fernando Sancho ) não confia no forasteiro, mas a missão não será tão simples, pois além de não conseguir ficar indiferente a situação dos revolucionários, ele terá que proteger sua identidade, bater de frente com Ramirez ( Giovani Cianfriglia a.k.a Ken Wood ) e dos contrabandistas de armas...

O filme já começa naquele tom esquerdista, dedicando o filme ao povo mexicano, que realizou uma república democrática e independente, o filme também tem uma questão interessante do conflito de gerações e ideologias entre El Santo e Vilar, santo age pela razão, enquanto Vilar age pela emoção, e também o fato dos governo americano mesmo apoiando a ditadura de Porfirío Diaz que governou o México por 32 anos, não quer combater um monstro que ele mesmo criou, então chega a ser ironico a trama girar em torno de carregamentos de armas que não podem de jeito nenhum, está nas mãos do exercito mexicano ( embora a empresa Colt sempre foi acusada de fornecer armas ) mas o filme não deixa de ser uma ótimo diversão, com criativa cenas de ação e a mão egura na direção de Savona, além da fotografia de Sandro Mancori, que escolhe locação discreta mas belissíma ao mesmo sem precisar fazer aqueles longos takes de cavalgadas, Steffen está muito bem como um simples agente federal, mudando um pouco a sua imagem de vingador, Fernando Sancho também está muito bom como Vilar, e aqui também muda a sua imagem, e Savona soube explorar mais o potencial de Sancho, aqui ao invés do fora-da-lei bonachão , aqui ele faz um personagem bem anbiguo, é um revolucionário apaixonado, mas também é um homem ambicioso, Luiza Baratto enfeita o filme com a sua beleza marcante, mas quem rouba cena de certa forma é o veterano Howard Nelson Rubien na pele de El Santo, embora apareça pouco Ivan Scanfriglia ( ou Ken Wood a quem preferir o pseudônimo) faz um ótimo vilão como Ramirez, embora eu achei que o pergonagem deveria ser melhor desenvlvido, a música de Berto Pisano foge da imitação de Ennio Morricone e mostra seu estilo próprio já na abertura do filme que começa com uma música mais lenta, e somnte usando músicas mais frenéticas somente nas cenas de ação disponível para Download neste Link : http://gibisdobene.blogspot.com/2010/04/killer-kid-1967.html






segunda-feira, 25 de julho de 2011

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Agora na página do Faroeste Em Geral tem, o meu Tiwtter, informaçõs quentes do mundo do cinema e é claro que sempre que pintar um faroeste, estou noticiando também.